quarta-feira, 16 de abril de 2008

Reflexão do poema: "O homem; as viagens"


A partir da análise do poema ‘’O homem; As viagens’’ de Carlos Drummond De Andrade nós podemos interpretar que o homem é um ser tão pequeno e medíocre que destrói o próprio planeta não percebendo que ele faz parte desse contexto. Explora a Terra indiscriminadamente, sem pensar nas conseqüências e quando a situação já está insustentável ele ‘’foge’’ à procura de outros lugares porque essa busca pelo desconhecido é inerente ao homem. O contato com o novo provoca nele reações psíquicas e orgânicas como o estresse.

Com o capitalismo e conseqüentemente com essa busca incessante pelo lucro, não se satisfazendo com o básico, nós ‘’escravizamos os assalariados’’, destruímos a natureza em beneficio próprio, quando a miséria, a violência, o desrespeito estão insuportáveis, procuramos outros lugares à fora para nos refugiarmos, mas sem nos dar conta repetimos os mesmos erros.

O homem não se satisfaz em seus limites externos, sem escrúpulos supera-os, testa o desconhecido, até torná-los propícios aos seus interesses. Não satisfeito procura outras fronteiras para superar, ao encontrar, as padroniza novamente de acordo com seus próprios interesses.

Após todos esses limites externos superados, só resta ao homem conhecer a si próprio, conhecendo assim seus próprios limites. Deixar de lado a razão e colocar à frente à emoção, viajar dentro de si mesmo e entender que no nosso interior existem limites que não devem ser superados que estão ali como uma defesa.

Após se autoconhecer o homem poderá conhecer o diferente, aceitá-lo sem querer modificá-lo, conseguindo, assim viver em paz consigo mesmo e conviver em paz com todos.

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