terça-feira, 22 de abril de 2008

Dicas contra o estresse no trânsito

  • Saia de casa com um bom tempo de antecedência, para evitar os atrasos;
  • Escolha caminhos alternativos. Trafegar por avenidas movimentadas durante o horário de pico é aumentar as chances de se aborrecer;
  • Se você acabou de ter um desentendimento em casa, ou qualquer outro aborrecimento que tenha colocado em baixa a sua saúde mental, siga para o seu destino de táxi ou de ônibus;
  • Ouvir música é um recurso que deve ser bem pensado para não aumentar ainda mais o seu estresse. Evite manter o volume mais alto que o barulho da rua. Use as suas preferências e o bom senso para escolher o que escutar.
  • Se tiver ar-condicionado, mantenha-o ligado, mesmo que isso signifique gastar mais bateria;
  • Procure mentalizar boas coisas enquanto estiver no trânsito.
  • Pensamentos ruins podem deixá-lo ainda mais cansado, além de superdimensionar a tensão;
  • Aproveite para planejar a sua vida enquanto está ao volante. Planos de férias, final de semana, listas de compras de supermercado, tudo isso pode ser feito mentalmente enquanto espera o carro da frente acelerar;
  • Conte até dez antes de gritar ou fazer gestos obscenos para outro motorista. Muitas pessoas usam o carro com um escudo e aproveitam para despejar todas as frustrações no primeiro incauto que lhe cortar a preferencial. Evite brigas, pois quem sai perdendo é você.
  • Faça exercícios respiratórios. Inspire o ar, prenda-o por alguns segundos e solte-o em seguida. É uma boa maneira de se acalmar;
  • Evite manter o pé fixo na embreagem por muito tempo. Mova os pés para cima e para baixo, para não provocar dores.
  • Não fale no celular enquanto estiver dirigindo. Se a ligação for muito importante, encoste o carro e fale tranqüilamente, evitando assim multas e acidentes.

    Fonte:
    http://saude.terra.com.br/interna/0,,OI127697-EI1521,00.html

  • Pesquisa levanta fatores de estresse em jogadores de futebol


    Por Eduardo Chianca, da Ascom/UFPE

    Deixar escorregar para dentro do gol uma bola chutada numa falta — o vergonhoso frango — pode deixar um goleiro de futebol extremamente estressado. É o que conclui uma pesquisa realizada por Nairton Sakur de Azevedo e Antonio Roberto Rocha Santos, do Laboratório de Psicologia do Esporte (LabPsE) da Universidade Federal de Pernambuco. O estudo, intitulado de “O estresse psicológico no futebol de campo: um estudo por posição com atletas do gênero masculino, da cidade do Recife”, foi feito em três times juniores (15 a 21 anos) de futebol de campo (Náutico, Sport e Santa Cruz), analisados em cada posição.
    “Os fatores de estresse são diferentes em função da posição de cada jogador”, explica o professor Santos. “O apoio psicológico tem que existir, atendendo os aspectos de cada função do atleta, uma abordagem só não consegue contemplar todas as necessidades dos jogadores”, completa. “A pesquisa foi realizada com o intuito de propiciar aos treinadores uma oportunidade para a preparação psicológica de seus atletas”, explica Azevedo.
    Mas antes de ir além, o que é afinal estresse? “Estresse quer dizer estímulo, pode ser físico, bioquímico, psicológico”, esclarece Azevedo. Nessa pesquisa, foram observados níveis elevados de estresse psicológico em ainda jovens jogadores. Por exemplo, o atacante se sente aborrecido quando não tem nenhum apoio dos companheiros de seu time, e quando está numa posição ótima para fazer o gol, mas os companheiros não o passam a bola. “A bola não chega para ele, há uma exigência para que ele realize o gol, e se essa situação vai o deixando cada vez mais estressado”, comenta.
    Já o zagueiro se estressa quando ele acha que o atacante está impedido e não reage, mas o juiz não apita o impedimento e o atacante cria uma situação perigosa de gol. E também quando os companheiros, de meio-campo, não entendem suas jogadas. Para o lateral, é quando o treinador o critica por não estar apoiando as jogadas de ataque e quando perde um gol numa situação fácil. O meio-campista “esquenta a cabeça” após um contra-ataque rápido do time dele e perde a boa chance de gol. Também quando tem problemas de condicionamento físico já no final do jogo. “O jogador de meio-campo tem de correr muito, normalmente faz uma ligação entre ataque e defesa, então tem que se esforçar muito”, completa Azevedo.
    Os resultados apontados no estudo voltam para as equipes e servem para os psicólogos e também para os próprios jogadores identificarem quais os fatores e situações que geram um nível de estresse elevado e como eles podem trabalhar isso. Servem também de informação para o técnico e preparador físico, para que em alguns momentos eles saibam como dar apoio aos jogadores. Apesar da importância do apoio psicológico e da relevância dos resultados dessa pesquisa, existam poucos psicólogos trabalhando no contexto do esporte, “não porque não haja psicólogos com boa formação, mas os clubes ainda não se sensibilizaram para essa realidade. Focam muito o treinamento em aspectos técnicos e táticos, e na preparação física. Depois sempre atribuem os maus resultados a fatores psicológicos, mas não cuidam desses fatores”, afirma com bom humor professor Azevedo. “O técnico pode dar algum apoio psicológico, mas não só o técnico, muitas vezes é necessário um profissional da área”, complementa. Em outros esportes, há profissionais fazendo um bom trabalhando como no hipismo, no basquete, no handebol e no tiro esportivo.
    ERROS - O professor Antonio Santos e a psicóloga Carla Lopes, da Seleção Brasileira de Tiro Esportivo, finalizaram um estudo com os árbitros de futebol profissional de Pernambuco e também seus assistentes, os “bandeirinhas”. O fator causador de maior nível de estresse psicológico é cometer erros sucessivos, “isso tem um efeito negativo sobre o estado do árbitro”, aponta professor Santos.
    Outra situação que provoca um estímulo, nesse caso uma ativação positiva, é quando ele é escalado para “apitar” partidas decisivas. “Apesar de toda possibilidade de erro que existe em qualquer situação, o juiz se sente estimulado a enfrentá-la”, completa. O juiz ainda fica estressado quando está doente ou com má preparação física. Para o bandeirinha, cometer erros sucessivos acarreta um impacto muito negativo, porque o árbitro pode não aceitar mais suas indicações. “O assistente levanta a bandeira indicando o impedimento, e o árbitro diz: — continua o jogo”.
    “O árbitro é uma figura esquecida. Ninguém pensa em preparação psicológica para ele. É uma pressão muito grande da torcida, dos dirigentes, da imprensa e também da sua própria federação. Quando a gente identifica esses fatores psicológicos, a gente pode oferecer para eles alguma preparação, por exemplo, quando se comete um erro, como se refazer para que ele comece a acontecer erros sucessivos”, explica o professor.